Dia 08/05/24 o Centro Cultural Casa Cinestesia abre suas portas para uma roda de conversa sobre políticas de investimento em cultura. O Centro Cultural recebe autoridades envolvidas para debater o tema e apresentar clareza sobre as os projetos e possibilidades.
E para você já ficar por dentro do tema e chegar preparado para esse bate-papo, o Bruno de Deus e Magnago (Sociólogo e Vice Presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais) e Orlando Lopes (Co-Líder do Núcleo Poiein (IFES/UFES) e Coordenador do Programa RELer&fazer (UFES)) preparam um texto com todos os dados e informações necessárias.
Com a volta do Ministério da Cultura, a Sociedade Civil e o Poder Público tem um novo desafio. Não apenas discutir os rumos das políticas de financiamento, fomento e produção, mas sobretudo trazer para a arena pública o debate.
Em tempos de necessidades que saltam aos olhos, de solidariedades quase sempre emergenciais, um questionamento continua sendo constante: qual o motivo para se investir em arte e cultura?
Para seguir procurando essas e outras respostas, o Sinestesia receberá na quarta-feira, dia 08/05, às 19 horas, no Centro Cultural Casa Sinestésica, a Coordenadora do Escritório do que os trabalhadores da arte e da culturais nunca acessaram em tão grande escala, mas que ainda carece de ser construído com maior participação popular e controle social. Os números próximos são: R$ 872.000,00, R$ 1.110.000,00 e R$ 873.000,00. Cifras importantes, mas que deveriam ter acréscimo do poder público local e poderia ser acrescido pelo Estado, caso houvesse interesse da prefeitura local.
Mas… será que é importante investir em arte e cultura?
Algumas informações são significativos para que possamos compreender esse papel dentro da economia brasileira e espiritosantense. Segundo as estimativas recentes a Economia Criativa representa 3% do PIB nacional e representando, no Espírito Santo, cerca de 6% do total de trabalhadores. Além disso, a Lei Nacional de Incentivo à Cultura aponta, por exemplo, que a cada R$1,00 investido em arte e cultura o retorno varia entre R$1,50 a R$1,60 diretamente para sociedade, um retorno maior por exemplo que a própria indústria automobilística. Os dados apontam que investir em arte e cultura é um bom negócio e que promove retorno direto à Sociedade de forma que a qualidade de vida e geração de emprego e
renda para a população é uma realidade, mas que ainda precisa ser melhor compreendida por todos.
O MinC voltou?! Memórias e projeções para a construção participativa das políticas públicas de cultura Contudo, e para além da questão específica da geração de renda, é preciso seguir compreendendo e divulgando as formas de participação e de qualificação não apenas dos “fazedores de Cultura”, mas também dos agentes políticos, dos educadores, dos representantes da sociedade civil, dos empreendedores…
Guarapari, assim como a maioria dos municípios capixabas, precisa aprimorar e avançar na compreensão e na construção participativa das personalizações e adaptações locais para as diretrizes do Sistema Nacional de Cultura, para os empreendimentos de Economia Criativa, para a manutenção da produção cultural autônoma, diversa e heterogênea, e, principalmente, para a ampliação do acesso efetivo da população “em geral” a bens e serviços culturais.
E, por isso, espaços de debate onde propostas sejam formuladas e dúvidas esclarecidas são urgentes. A Casa Sinestésica tem buscado colaborar nesse processo de fomento ao debate das Políticas Públicas de Cultura e abre o espaço novamente para receber a população guarapariense e os entes públicos para esse encontro de forma a fortalecer o cenário artístico-cultural maratimba.
Quando? Quarta feira, às 19 horas.
Onde? Av. Barcelona, 192, Centro Cultural Casa Sinestésica.
Texto:
Bruno de Deus e Magnago
Sociólogo e Vice Presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais
Orlando Lopes
Co-Líder do Núcleo Poiein (IFES/UFES) e Coordenador do Programa RELer&fazer (UFES)
